quinta-feira, dezembro 28, 2006

Entrei no café com um rio na algibeira



Entrei no café com um rio na algibeira
e pu-lo no chão,
a vê-lo correr
da imaginação...

A seguir, tirei do bolso do colete
nuvens e estrelas
e estendi um tapete
de flores
a concebê-las

Depois, encostado à mesa,
tirei da boca um pássaro a cantar
e enfeitei com ele a Natureza
das árvores em torno
a cheirarem ao luar
que eu imagino.

E agora aqui estou a ouvir
A melodia sem contorno
Deste acaso de existir
- onde só procuro a Beleza
para me iludir
dum destino.

(José Gomes Ferreira)

Gomes Ferreira

Prosseguindo a sua peregrinação cultural, a Tertúlia de Poetas de Sintra visita agora a localidade de Rio de Mouro, aproveitando para rever Gomes Ferreira, poeta por excelência da transformação social.





E já não era sem tempo, digo eu.

Será no dia 18 de Janeiro, pelas 21h30, em Rio de Mouro, no café da Sociedade 1.º de Dezembro (ao largo da Igreja).

Até lá.

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Tertúlia de Poetas de Sintra - tomo III

Aleixo em Montelavar.

A Tertúlia de Poetas de Sintra visita hoje alguma da melhor poesia popular portuguesa, num enquadramento à altura: a chamada 'Sintra rural'.
«Este livro que vos deixo... Porque o mundo me empurrou»
é o mote poético que nos serve de ponto de partida para a sessão.

Estão todos convidados para aparecer e tomar um café.

segunda-feira, dezembro 04, 2006

Aleixo





Algures pela década de 40, António Aleixo terá escrito:





Porque o mundo me empurrou,
caí na lama, e então
tomei-lhe a cor, mas não sou
a lama que muitos são.