Só
Bem sei que ninguém conhece os meus caminhos
Ninguém sabe a paz que eu sinto
em ter este orgulho de andar sem ninguém
e com todos e em tudo;
ninguém bate à minha porta,
eu é que baterei à porta dos outros...
Na estrada sou o médico para todos os desmaios,
Mas ninguém conhece a mão que lhe leva o bálsamo,
E de onde vem a esperança desta sombra amiga.
Silenciosamente só, no meio dos meus companheiros emudecidos,
Dos epitáfios dos camaradas mortos vem extraindo
Letreiros sem palavras para os que hão-de vir,
Que são todos os que nasceram e vejo
Em toda a extensão da minha estrada.
E eu te agradeço, ó pequena voz humilde,
Que me ensinaste a virtude de saber renunciar às aristocracias
[que vêm nos livros de linhagens]
E nunca consentiste que quem quer que seja
Afaste a minha sombra do meu corpo.
Ninguém sabe a paz que eu sinto
em ter este orgulho de andar sem ninguém
e com todos e em tudo;
ninguém bate à minha porta,
eu é que baterei à porta dos outros...
Na estrada sou o médico para todos os desmaios,
Mas ninguém conhece a mão que lhe leva o bálsamo,
E de onde vem a esperança desta sombra amiga.
Silenciosamente só, no meio dos meus companheiros emudecidos,
Dos epitáfios dos camaradas mortos vem extraindo
Letreiros sem palavras para os que hão-de vir,
Que são todos os que nasceram e vejo
Em toda a extensão da minha estrada.
E eu te agradeço, ó pequena voz humilde,
Que me ensinaste a virtude de saber renunciar às aristocracias
[que vêm nos livros de linhagens]
E nunca consentiste que quem quer que seja
Afaste a minha sombra do meu corpo.
(Osvaldo Alcântara Só in Cântico da Manhã Submersa)
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