Álcool
Mais álcool!,
que quero hoje ver a vida cubista!
Quero ver as coisas por todos os lados
sem sair da poltrona onde estou sentado,
só para me rir dela…
Quero ver alargarem-se as janelas
em esgares de perspectiva!
Quero sentir o meu corpo dilatar-se
até rebentar nas estradas!, …
Quero, no intervalo de esperar um novo dia,
que este solo de trompete
me destrua os nervos por completo
e que fique de mim, por hoje,
apenas o gesto cubista e ausente
de quem não lhe correu bem o dia.
(Fernando Ilharco Morgado in Antologia Poética)
que quero hoje ver a vida cubista!
Quero ver as coisas por todos os lados
sem sair da poltrona onde estou sentado,
só para me rir dela…
Quero ver alargarem-se as janelas
em esgares de perspectiva!
Quero sentir o meu corpo dilatar-se
até rebentar nas estradas!, …
Quero, no intervalo de esperar um novo dia,
que este solo de trompete
me destrua os nervos por completo
e que fique de mim, por hoje,
apenas o gesto cubista e ausente
de quem não lhe correu bem o dia.
(Fernando Ilharco Morgado in Antologia Poética)
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