Sigamos o Cherne
(Depois de ver o filme "O Mundo do Silêncio", de Jacques-Yves Costeau)
Sigamos o cherne, minha amiga!
Desçamos ao fundo do desejo
Atrás de muito mais que a fantasia
E aceitemos, até, do cherne um beijo
Se não já com amor, com alegria...
Em cada um de nós circula o cherne,
Quase sempre mentido e olvidado.
em água silenciosa de passado
Circula o cherne: traído
Peixe recalcado...
Sigamos, pois, o cherne, antes que venha,
Já morto, boiar ao lume de água,
Nos olhos rasos de água,
Quando, mentido o cherne a vida inteira
Não somos mais do que solidão e mágoa.
(Alexandre O'Neill, in No Reino da Dinamarca, 1958)
1 Comments:
UM POEMA LINDO A RECUPERAR E DIVULGAR
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