terça-feira, outubro 17, 2006

E no princípio era o Verbo

Camões e Pessoa. Herberto e Al Berto. Gomes Ferreira e Mourão-Ferreira. Sophia e Florbela. O'Neill e Almada. Aleixo e Nobre, Ramos Rosa e Maria Lisboa. Gedeão. Cesariny e Cesário. Bocage e Botto. Garrett e Guerra. Antero, Gomes Leal, Eugénio, Assis Pacheco, Neto Jorge, Graça Moura, Ary dos Santos, Alegre, Sá-Carneiro, Sena, Natália, Nemésio, Régio, Pessanha, Duarte, Pascoaes, Belo, Torga. Peixoto e Adília. E muitos mais.

Todos eles nos reescreveram.

O Traço Comum dá a partir de hoje os seus primeiros passos.

Nasce em paralelo com uma rede de tertúlias poéticas, um ambicioso programa de divulgação cultural distribuido ao longo de nove cafés do concelho de Sintra. O ponto de partida é a poesia portuguesa.

Este passos são dados a partir e ao sabor de um legado cultural que nos enforma enquanto comunidade. Construir uma língua não é fácil. Eles puseram-no em prática. Mostraram-nos o caminho, o exemplo.

A poesia é o início. Contudo, queremos ir em busca de algo mais abrangente. Guia-nos um objectivo: a divulgação - ou sobrevivência - da palavra escrita, do livro, da língua, da cultura. O que quiserem. Sabemos que não temos mais começos (perdoe-me o Steiner).

Não precisamos.